Somos todos viajantes, dizes tu.
Já te disse que não somos iguais.
Não quero partilhar contigo esta viagem e sentir-me à vontade nessas tuas pequenas estórias de saúde, sorte e saber; tudo porque nunca me contas a verdade.
Imaginas e fantasias com essa boca cheia de utopias absurdas. Recheas-te de esquemas para fugir, para viajar sem bilhete. E no entanto, mesmo sabendo e conhecendo bem a tua estirpe, seduzes-me de tal forma que viajo sem bagagem.
Conheces-me tão bem
[...] e eu odeio-te tanto.